É BAIXARIA DE ALTÍSSIMA QUALIDADE

Meu protesto a respeito do primeiro lugar em baixaria, segundo o site www.eticanatv.org.br, para o programa "Jogo Aberto", apresentador pela belíssima Renata Fan. E a TV Senado, onde é que fica? Sinceramente, é muita falta de ética!

BELCHIOR É LOCALIZADO EM LUGAR INCERTO

MAISVIDANOAR - Belchior, suas canções sempre mostraram uma inquietação, uma insatisfação com os contextos que você viveu. O que houve? Por que a decisão de "sumir do mapa", de "sair de cena"?

BELCHIOR - Moreno, há momentos que, num instante, como um flash, tudo muda. Minhas letras sangram, é verdade. As fiz e faço contraindo, dores de parto, momentos em que estou farto. Dias em que estamos no mundo e tudo é bonito. Mas há dias que o mundo está dentro da gente e nesses dias ou a gente explode ou aborta...

MAISVIDANOAR - Você se encheu do mundo? O mundo o encheu demais?

BELCHIOR - Isso vai passar. Penso que vai. E quando passar eu talvez volte e volte a ser o que as pessoas querem que eu seja. Por enquanto quero ficar na companhia da minha sombra, do meu reflexo no espelho, dos meus retratos em preto e branco.

MAISVIDANOAR - Onde você está?

BELCHIOR - Em qualquer lugar não muito longe e nem tão perto. Distante o suficiente apenas para não ser perturbado e perto o necessário para não deixar de existir para vocês.

MAISVIDANOAR - Você tem conhecimento do quanto tem repercutido seu "desaparecimento"?

BELCHIOR - Eu não desapareci! Estou aqui. Não me tornei invisível. Me vejo todo dia. Sei onde estou. Parece que à quem de fato interessa - a mim mesmo - estou bem! Agradeço pela lembrança e preocupação. Mas não se preocupem. Sei que muitas vezes vocês também desejaram sumir. Muitos não o fazem porque suas vidas pertecem a terceiros. Ao fazer o que fiz quis apenas provar para mim mesmo que ainda posso deixar de fazer o que todo mundo quer.

MAISVIDANOAR - Você diria que é uma atitude contra a mesmice, a rotina sufocante, as cobranças do dia a dia?

BELCHIOR - Diria que é um ato revolucionário ser você mesmo.

MAISVIDANOAR - Quando você ressurge?

BELCHIOR - Quando mudar de novo pela milésima vez só esta semana de opinião. . .

MAISVIDANOAR - Belchior, Belchior... Alô... Caramba, caiu a ligação!

(entrevista fictícia)

A SOLUÇÃO DA SOLIDÃO É SUMIR

Compositor dos mais criativos, artista plástico de mancheia, professor dedicado, pai amoroso, cantor inconfundível. Belchior desapareceu. Ninguém sabe o paradeiro do artista. Diante do mistério surgem mil perguntas e milhões de especulações: o que teria acontecido ou motivado seu sumiço?

Quem esteve com ele dias antes do seu desaparecimento, há 03 anos, conta que Belchior falava numa mudança de vida; "que estava afim de dar uma incerta". Parece, portanto, que o cantor estava mesmo pensando em sair "dessa vida" que levava. Às vezes, e muitas vezes mesmo, é mesmo assim. Têm dias que a gente quer sumir. Se a gente levar isso ao pé da letra dá no pé. Quantas vezes você não teve aquela sensação de que se fosse invisível seria tão bom?

Para alguém com alma de artista, inquieto com as mesmices de uma existência pautada por contratos e interesses, vai sempre pintar aquele grilo falante dizendo que de outro jeito seria melhor. Pode não ser! Mas o que sabemos é que o Belchior preferiu ir lá ver. Deixou para trás seus carros, sua casa, seu ateliê, família, filhos, agenda de shows, empresários, parceiros e foi embora para algum lugar que só ele sabe onde é.

Ele que fez tantas canções que eu gostaria de fazer, fez uma coisa que milhares de nós desejamos de vez em quando! Se reaparecer nos dirá como é esse lugar onde a solidão é amiga do silêncio e da paz...

A VIDA É BONITA, É BONITA E É BONITA

Ah! A vida... é linda demais! É bonita por natureza. A gente nem precisa fazer maquiagem, retoque e coisa e tal. A vida não envelhece, não cria rugas, não precisa de plástica, de botox ou lipoaspiração. A vida é uma coisa assim, com suas cores, sabores... e dores. Viver dói, mas dá prazer. Nascer dói. Viver dói. O contrário dói mais ainda. Então que tal não inventar e apenas ser feliz. Sem desconfiar do mundo, sem culpar ninguém, sem julgar os outros - que todo mundo tem sua vida pra viver e não tem tempo a perder com os juizes de tudo. Viver é tão bom e tem gente reclamando sem razão. Viver é plural. É pleno! É quase eterno! E por não ser, vamos viver!

... E ELE CANTOU PELA ÚLTIMA VEZ

Foi minha filha quem viu o corpo estendido no chão, inerte sobre o asfalto ainda frio da manhã desta segunda-feira, 24 de agosto. Ela disse que ouviu o galo cantando meia hora antes. Teria sido a última canção de um galinho assim meio desafinado. Raul era um galo garnizé, desses que não crescem. Sua voz era maior que ele. Toda madrugada a vizinhança inteira ouvia seu canto destrambelhado, ora engasgado ora pela metade. Um canto torto. Caramba! Foi num dia meio assim que Raul Seixas também morreu há 20 anos. Pêsames! O galinho da Rua "C" morreu atropelado. Justo ele que tinha tanto medo de ser comido pelo Bin Laden, um cachorrão valente que mora na casa ao lado. Cena inusitada: Bin Laden chega, nota o corpo sobre o asfalto, encosta o fucinho, cheira o "parceiro" de canções madruguentas e vai embora. Amanhã cedinho a vizinhança da Rua "C" estará tristemente silenciosa. Trânsito louco. Por que atropelar um galo numa rua é muita imprudência. E, depois, o Raul é que era doido...

MISTURANDO AS TINTAS 2

A M A R E L O U!

NEM ÁGUA NEM LUZ NEM NADA

Uma coisa puxa a outra a outra empurra a uma. Aqui no Peba de dia falta água e de noite falta luz. É um Deus nos acuda. E não é só a Vale que leva ferro, não! Nós, também! E a pergunta que não quer calar: até quando nos comportaremos mudos? A coisa é tão descabida que até a falta de água é culpa da Celpa! Ainda bem que amanhã é sábado e vamos tomar umas e outras no Bar do Gordinho, bater o ponto na Rua 14 e descer o pau nos éguas! Égua de nós!!! Bom final de semana. Talvez vá à Imperoza. Talvez não! A vida é uma viagem...

MORENA DA COR DO PARÁ

Dira Paz, Dira Amor, Dira Gata, Dira Fêmea. Mulher morena da cor do Pará com degradê para o rosa-manga/manga-rosa. Ela é o descaminho dos índios, dos machos noveleiros, dos caboclos papa-chibé. Ela faz brotar a goma do nosso tacacá. Ela é jambo maduro, alguidá de açaí com farinha dágua. Nela a gente se lambuza de orgulho no horário nobre da globalização do que a gente tem de rio, de igarapé, de peixe, de bicho, de gente. Ela é o jambú que faz tremer qualquer beiço, na brejeirice dos seus traços. Ela é a cultura marajoara na plenitude da forma e da fama... mais que merecida. Nem precisava ser tão bonita assim, com esse talento todo. Parabéns!!!

AS MUDANÇAS COM AS CORES DO FUTURO

2010 é o Ano do Camaleão. Não é coisa de calendário chinês, não. É o calendário eleitoral brasileiro. São as cores das bandeiras partidárias misturadas com as bandeirolas da copa do mundo de futebol. A Marina Silva era vermelha e ficou verde. O Lula era vermelho e tá amarelo de vergonha. Será que o velho metalurgico de barba branca ainda tem isso? Mercadante anda azulzinho de raiva pelos corredores de Brasilia. Enquanto isso ficamos cada vez mais desbotados, descoloridos, com a situação cada vez mais afrodescendente. Haja tinta!!!

Que o bicho aí da foto (Foto de David Lima) nos perdôe pela comparação. Pelo menos a habilidade dele de mudar de cor, em função do ambiente, é para escapar dos predadores. Questão de sobrevivência. Já os velhos de Brasília...

DARCI COM MANTEIGA

O prefeito de Parauapebas, Darci Lermen, estará no rádio a partir desta segunda-feira nas ondas da Rádio Arara Azul FM. Com um programa de 10 minutos, a ideia é responder às cartas dos cidadãos, mandar "aquele alô" para os munícipes, falar da agenda oficial, obras etc. Cada programa abordará um tema diferente e serão finalizados com a Palavra do Prefeito Cidadão, que é um quadro em que Darci falará de assuntos que interferem no cotidiano de todo mundo. Vamos agurdar! É nesta segunda-feira, às 07:00 da manhã. Bom café!

TERRA DE CONTRASTES

Um dia comum na vida da cidade que mais cresce no Pará. Uma cidade com seu ritmo, sua gente e seus contrastes. Uma cidade de cores, flores e amores. Uma cidade pulsando no peito da amazônia, no ritmo do coração da selva, com a força da natureza e das pessoas de todos os lugares do mundo. Parauapebas... num dia comum!

DEPENDEMOS DESSAS CRISE PRA VIVER

Somos um povo habituado à crises. De quando em vez até rimos delas. Crise de riso. Isso nos faz o povo mais feliz do mundo. Somos o país do carnaval, do futebol, do Senado Federal. Aqui a gente vende o almoço para comprar a janta e faz humor para morrer de rir com a nossa boca escancarada e sem dentes para morder que nos faz tanto mal. Aceitamos tudo como se não fosse com a gente. Estamos como que anestesiados pelo sistema. Também não adianta escamotear. Eles montam na gente e metem a espora. Sair por aí fazendo passeata não causa mais efeito; criar blogs para defenestrar os caras não faz nem cócega. Esses dias, diante de tanta violência, fiquei pensando que uma forma boa de resolver o problema da morosidade de tudo é o cidadão começar a resolver a parada na marra. Mas já pensou se todo cidadão se arma e faz justiça com as próprias mãos! Não, isso não resolveria. O máximo que poderia acontecer é, que, no lugar dos marginais bandidos, a gente passar a ter uma população de justiceiros. E não existe coisa pior do que um cidadão bandido. Vamos em frente! Já estamos acostumados com essas crises. Elas passam e vêm outras. Ontem foi a crise econômica, hoje é a do Sarney e amanhã será a de quem estiver na vez...