A professora Jaqueline Oliveira me escreve assustada com tanta violência. Tem medo de deixar os filhos irem à balada. Está abalada. A morte de três médicos nos ultimos dias a deixou em pânico.
É, professora, realmente não é possível mais dormir com um barulho desses. É bala rasgando a noite e durante o dias elas acham nossas crianças pelas ruas. Não são balas perdidas. São vidas perdidas, destruidas, ceifadas sem piedade. E, indefesos, corremos para debaixo da cama, nos arrastamos pelo chão, fugimos desesperados.
A Justiça é refém das leis; a polícia está contaminada pela bactéria da corrupção; os governos estão dominados por uma letargia, um sonabulismo, sei lá.
Enquanto isso, pessoas boas, pais de famílias, gente de quem muitos dependem; profissionais da vida, como é o caso dos médicos que foram executados, são vítimas dessa violência desenfreada. E por que não agimos em defesa da vida? Por que nos calamos diante de tantas atrocidades? Uma vida é de um valor incomensurável. Imagine a vida de quem salva tantas outras. Não podemos mais tratar bandidos como cidadãos, como gente. É preciso tratar os diferentes com diferença. Ao cidadão de bem, o direito à vida. É o que penso.
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